Se Syd Barrett foi a primeira lenda do Pink Floyd, é provável que Roger Waters seja a segunda. No entanto, se trata de uma das figuras mais conhecidas do grupo, até mais do que David Gilmour, você concorda?
Depois da despedida do líder conceitual Syd, o grupo passou a ter Waters como novo letrista principal. Foi quando inúmeros clássicos foram lançados e a banda se tornou uma das mais importantes da década de 80.
Para entender melhor sua trajetória, reunimos aqui alguns dos aspectos mais importantes da vida do músico. Confira!
Saiba quem é Roger Waters no mundo da música
Quando deixou o Pink Floyd em 1985, Roger achou que a banda acabaria. E não foi um pensamento em vão. Para muitos fãs, o músico representava a alma da banda. Obviamente, os demais integrantes não concordaram e, por isso, aconteceram os conflitos judiciais.
Deixando essa polêmica de lado, a verdade é que Waters é reconhecido pela genialidade de suas composições. Ainda por volta dos 20 anos, ele começou a ter contato com o blues e o folk. Foi quando decidiu aprender a tocar guitarra. Em 1965, ele iniciou o grupo Sigma 6 ao lado de Nick Mason e Rick Wright, futuros integrantes do Pink Floyd. Sua entrada no grupo que o tornou famoso aconteceu em 1968, após a saúda de Syd.
Seu auge no Pink Floyd aconteceu nos anos 70. Os álbuns Meddle, Wish you Were Here e ainda The Dark Side Of The Moon foram praticamente escritos por Roger. Além disso, construiu quase todas as composições do impactante The Wall, em 1979. Infelizmente, foi a partir dessa época que começou a entrar em conflitor com os demais integrantes, culminando em sua saída.
Entenda a briga de Roger Waters e David Gilmour
Sempre que são questionados sobre sua briga, Waters e Gilmour nunca dão uma resposta clara sobre uma gota d’água. Entretanto, tudo dá a entender que Roger não respeitava o estilo de David. “Acho que é uma coisa estranha. Mas considero que o problema é que Roger não respeita realmente o David. Ele acha que a composição é tudo, e que tocar guitarra e tocar é algo que, não vou dizer que todo mundo possa, mas que devia compôr deveria ser melhor considerado do que tocar”, chegou a declarar Nick Mason, ao falar sobre a origem dos desacordos.
Portanto, ainda que a relação com os demais integrantes também fosse conflituosa, essa se tornou a principal rivalidade da banda.
Passados mais de 30 anos desde a separação do Pink Floyd, os dois músicos nunca se acertaram completamente. Há rumores de que Roger tenha tentando se reaproximar de David, porém, sem sucesso. Dessa forma, um aguardado retorno de Pink Floyd é algo absolutamente fora dos planos.
Conheça a carreira solo de Roger
Ainda que tenha deixado o Pink Floyd no auge, a carreira de Roger Waters continuou em alta. Seu nome continua sendo relacionado ao da banda, contudo, ganhou novas características.
Ele lançou discos que não tiveram a mesma repercussão logo após a saída da banda. No entanto, ao longo dos anos, as letras de Roger Waters ficaram cada vez mais politizadas. Um de seus lançamentos mais marcantes foi o concerto The Wall, em 1989. Com a queda do muro de Berlim, um grande show com cunho beneficente aconteceu em um local que fazia parte do Muro. Com convidados como Joni Mitchell, Scorpions e Bryan Adams, se tornou o que é considerado até hoje o maior show de rock documentado.
O cantor teve diferentes etapas musicais desde então, com turnês no começo dos anos 2000 e até mesmo uma passagem pelo Brasil em 2008. Nessa tour, chamada de THE DARK SIDE OF THE MOON, muito de seu repertório do Pink Floyd foi celebrado, juntamente com canções de seu período solo.
Relembre a polêmica vinda de Roger Waters ao Brasil
O Pink Floyd nunca tocou no Brasil. Entretanto, tanto ele quanto David Gilmour passaram por terras brasileiras. O show mais recente de Waters foi marcado por polêmicas.
Com sua verve politizada cada vez mais aflorada, o músico fez shows nacionais numa época próxima às eleições presidenciais de 2018. Foi quando decidiu se posicionar politicamente contra o então candidato Jair Bolsonaro.
Durante seus shows, o cantor usou o telão para apoiar a hashtag #EleNão, que envolvia uma campanha de rejeição a Bolsonaro. Com reações positivas e negativas, Roger acabou recebendo uma notificação da justiça eleitoral. Isso porque uma de suas apresentações aconteceu na noite anterior às eleições. Por lei, se trata de um momento em que não podem acontecer manifestações eleitorais.
Após muita expectativa, o cantor seguiu a determinação. Mas não sem antes causar muitas discussões sobre sua atitude.
Descubra como é a relação de Roger com o Pink Floyd atualmente
Considerado um dos maiores baixistas do milênio, Roger Waters tem uma carreira solo consolidada. Contudo, ainda mantém muito de suas raízes com o Pink Floyd. Durante os shows, ele sempre alterna momentos de sua carreira.
Contudo, convém dizer que suas entrevistas tendem a alfinetar a fase do grupo sem sua presença. Para o músico, a composição é o que realmente importa. “Nós nos desenvolvemos e trabalhamos de jeitos diferentes, e a verdade é que nem todo mundo é um compositor — com certeza não“, declarou recentemente, dando a entender que seu talento era mais relevante do que os demais colegas.
Apesar do clima de rivalidade, Waters manteve uma relação amistosa com Nick Mason e até mesmo com Rick, até sua morte. Com Gilmour, o clima sempre foi de tensão. Mesmo com eventuais reencontros, nunca houve uma trégua oficial.
Em resumo, Roger Waters é conhecido tanto por sua genialidade quanto pelos conflitos com o Pink Floyd. Por muito tempo, houve a esperança de um retorno ou mesmo um especial de reencontro, coisa que dificilmente vai acontecer.
E para você, Roger era mesmo a alma da banda após a saída de Syd? Acha que David Gilmour sempre foi injustiçado? Aproveite para deixar sua opinião na caixa de comentários!
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