Se existe um álbum que se tornou uma lenda, é The Wall. Explicação para o sucesso? Difícil definir em uma só. O Pink Floyd apostou alto em uma ópera rock que até hoje funciona como crítica. Mas também como um disco agradável aos ouvidos.
Álbum mais vendido de 1980, muita gente considera que, infelizmente, foi o começo do fim da relação entre David Gilmour e Roger Waters. Entretanto, David garante que, na época, existiam apenas diferenças criativas, mas nada tão relevante assim. O objetivo, em suas palavras, era “fazer o melhor álbum que pudermos“. E, realmente, não dá pra negar que tenha sido um marco na música.
Músicas: repercussão
Lançado oficialmente em novembro de 1979, o disco é considerado uma grandiosa declaração do grupo. Foi a obra que os consolidou como um grande nome da década de 80. Esse fato foi, sem dúvida, comprovado pelo hit recordista Another Brick in The Wall Part 2. Ainda muito celebrada atualmente, a faixa ficou 12 semanas no topo da lista de mais tocadas no Reino Unido. Até hoje, a música figura como a mais famosa da banda.
Tendo vendido cerca de 1,2 milhão de cópias no primeiros dois meses de lançamento, o álbum chegou à marca de 30 milhões de vendas. Isso, sem dúvida, em um momento em que novas bandas tomavam força, numa sutil disputa entre os mais modernos e os chamados ”dinossauros” do rock. A ideia conceitual, apesar de nem sempre compreendida, foi um imenso hit também comercial.
The Wall: explicação
O conceito de The Wall começou incidentalmente após uma briga de Roger Waters com um fã. Durante uma apresentação, fogos de artifício começaram a ser lançados na banda. Além disso, um grupo de fãs gritava e fazia exigências, pedindo que o grupo permanecesse no palco. Embora continuasse tocando, Waters cuspiu em alguém e se percebeu uma espécie de ditador à frente de seu público.
A partir dessa perspectiva, Roger pensou em como tinha uma multidão cega e fanática por seu trabalho. Consequentemente, fez algumas ligações também com sua vida particular. O resultado foi um álbum que relata a construção de uma parede (wall) ao redor de si mesmo. Em suas explicações, há uma declaração sobre como esse é o momento em que o Pink Floyd se transforma apenas em Pink, alguém sem pensamento crítico e isolado.
Álbum conceitual: legado
Pouco depois do ápice do grupo, Waters e David Gilmour começaram a trabalhar em um novo projeto. Suas diferenças, porém, se tornaram grandes demais, e Roger resolveu deixar a banda. Ele presumia que seria o fim. Entretanto, quando David e os demais membros decidiram continuar, decidiu entrar na justiça. No fim das contas, ficou com os direitos autorais de The Wall. Explicação conceitual a parte, isso significou anos de afastamento de Waters, até que ele retomou o álbum anos depois, em uma turnê solo.
A história do disco é tão instigante que já chegou a ganhar um filme em 1982. A iniciativa transformou o álbum em uma experiência multidimensional como nunca havia se visto na época. Sem contar que os shows eram verdadeiras super produções.
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