The show must go on é uma música do Pink Floyd que foge um pouco dos padrões da banda. A música faz parte do álbum The Wall.
A canção foi escrita por Roger Waters, mas foi David Gilmour quem foi o responsável por interpretá-la. A diferença da música para outras do Pink Floyd está no fato de Roger Waters tê-la imaginado com um som do estilo da banda Beach Boys.
Os Beach Boys eram uma banda americana que já estava em plena atuação, desde 1961. O grande destaque sempre foi dado na harmonia de seus vocais e na nas primeiras músicas voltadas para o surf. Roger Waters queria isso em The show must go on.
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Bruce Johnston veio ajudar
Para conseguir chegar ao mesmo estilo dos Beach Boys, nada melhor que contar com um membro do grupo. Foi então que Roger Waters convidou Bruce Johnston, para que ele ajudasse a treinar os vocais de apoio e pudesse ajudar a criar a melodia.
Bruce Johnston ingressou nos Beach Boys em 1965, quando eles começaram a fazer algumas apresentações ao vivo. Ele apareceu como vocalista em alguns álbuns e, mais tarde, participaria da produção de diversos outros, até deixá-la em 1972.
O show tem que continuar
The show must go on pode ser traduzido como “o show tem que continuar”. A música entra no álbum The Wall como uma continuação do desenvolvimento do personagem Pink. Ele está quase desistindo de tudo, mas acredita que precisa continuar.
Apesar disso, ironicamente, The show must go on não chegou a fazer parte da versão de cinema de The Wall. Mais que isso, nos shows que Roger Waters realiza, depois de ter deixado o Pink Floyd, ela também não é tocada.
Apesar de a ideia de que o show precisa continuar, a música sofreu bastante. Inclusive, ela teve um verso cortado em sua execução, na versão oficial gravada no álbum, mas que pode ser lido no encarte.
A ausência de Waters
Apesar de todo o trabalho para o desenvolvimento da música, esta é a única em The Wall em que ele não participa. Sem tocar qualquer instrumento ou participar nos vocais, Roger Waters não está presente na gravação oficial.
Não há exatamente uma explicação para isso. No entanto, nas gravações da demo que não foi lançada oficialmente, era possível ouvir a sua voz.
Por algum motivo, na versão inicial era possível ouvir o compositor cantarolando um verso, pouco antes da ponde de David Gilmour. Na versão de estúdio, no entanto, ele desaparece por completo, sendo essa versão demo nunca executada em público.
Os devaneios de Pink
The show must go on, assim como todas as músicas de The Wall, acompanha o desenvolvimento de Pink. O astro de rock fica mais desorientado a cada dia. Assim, a canção serve como um caminho que o leva até a canção “In the flesh”.
Para quem não se lembra, é nesse momento que Pink começa a desvendar a si mesmo. Diante de suas atitudes, passa a alucinar, pensando que se tornou um ditador nazista. The show must go on faz parte desse caminho de loucura.